segunda-feira, 16 de março de 2015

LPO - PALÁCIO DO CATETE

O Palácio do Catete localiza-se no bairro do Catete, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, Brasil. É uma construção do século 19 e tem como estilo o eclético com predominância do neoclássico. Inicialmente foi a residência do Barão de Nova Friburgo, posteriormente funcionou como hotel e, dos anos 1897 a 20 de abril de 1960 foi a sede do Poder Executivo do Brasil, quando houve a transferência da capital do Brasil para Brasília  em 21 de abril de 1960. A partir dos anos 1970 até os dias de hoje passou a abrigar o Museu da República.

Palácio do Catete – 1897.

A construção do palácio foi iniciada em 1858, e o projeto é do arquiteto alemão Carl Gustav Waehneldt, e a decoração interna possui também o estilo eclético, que estava em moda na época, e é assinada por vários artistas, tais como: Mario Bragaldi e Emil Bauch.
Enquanto foi moradia do Barão o palacete simbolizou o poder da elite cafeeira do sec. 19. Em 1890 a família vendeu a propriedade à Companhia Grande Hotel Internacional, que pretendia instalar no local um hotel. Com a falência da empresa o prédio foi vendido ao Conselheiro Francisco de Paula Mayrink, que o hipotecou ao Banco do Brasil.
Originalmente, no alto do edifício haviam águias de ferro fundido, posteriormente foram colocadas no seu lugar imagens de musas simbolizando as estações do ano, ou símbolos institucionais (ex: Justiça). No lugar das musas foram novamente colocadas águias – hárpias – de bronze, cuja autoria pertence ao artista Rodolfo Bernardelli. Por esse motivo o Palácio recebeu também o apelido de Palácio das Águias, mas não ficou muito popular este nome.
Para servir de sede do Poder Executivo da República, foram necessárias várias reformas, as quais contaram com a participação de outros artistas da época: Antônio Parreiras, Décio Villares, e o paisagista Paul Villon , que reformou o famoso jardim, localizado no fundo do palácio, cuja obra permanece até hoje. O estilo predominante dos jardins é o inglês, com suas vias tortuosas e bem frondosas. Aliás, este paisagista foi discípulo de Auguste Glaziou, paisagista francês que reformou o Passeio Público (Centro – Lapa) no século 19.
Em 24 fevereiro de 1897, data comemorativa da primeira Constituição da República, o palácio foi formalmente reinaugurado, e passou a ser mais conhecido como o Palácio do Catete. Em 1938 foi feito o seu tombamento pelo Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - SPHAN, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.
O terreno do palácio e do jardim é limitado pelas ruas do Catete, Silveira Martins e Praia do Flamengo.

Durante os anos em que foi sede do Executivo, o Palácio do Catete foi palco de acontecimentos importantes na vida do País. Podemos citar a Declaração de Guerra à Alemanha em 1917, a deposição do Presidente Washington Luis e a consequente posse de Getúlio Vargas em 1930, a Declaração de Guerra às potências do Eixo em 1943, e o evento pelo qual o Palácio ficou mais conhecido: o suicídio do Presidente Getúlio Vargas em agosto de 1954, quando exercia o segundo mandato desde 1952.

Fachada principal do Palácio, na Rua do Catete – 2014.

 Jardins do Palácio – coreto.


MUSEU DA REPÚBLICA.

No Governo do Presidente Juscelino Kubitschek, com a transferência da Capital Federal do Rio de Janeiro para Brasília, o palácio tornou-se então Museu da República, através de um decreto do próprio Presidente, em 15 de novembro de 1960. Até 1983 o Museu fazia parte do Museu Histórico Nacional, quando então separou-se de sua estrutura. Foi criado o Centro de Referência da República, que é uma biblioteca que possui vários acervos para consulta, entre livros, publicações diversas, CDs, que abrangem diversos temas. Além disso, este acervo foi enriquecido com doações das famílias dos diversos personagens da vida pública brasileira, tais como: Coleção Pereira Passos, Coleção Getúlio Vargas, entre outras.

A principal parte do Museu é o próprio Palácio, com suas monumentais salas de diversos estilos, que são ricamente decoradas.  Mas o lugar mais procurado pelos visitantes é o quarto onde o Presidente Getúlio Vargas se matou com um tiro no coração, Neste quarto estão em exibição a arma e o pijama que o Presidente vestia na noite do seu suicídio. Podemos citar também as exposições permanentes dentro do Palácio que retratam diversos temas relacionados à vida do País desde a Proclamação da República, tais como os diversos presidentes, as Constituintes, as revoltas e revoluções, além de temas como Igualdade e Inclusão Social. Onde antes funcionava a Garagem do Palácio está o Museu do Folclore, que é único na América Latina no gênero. 

O famoso Salão Ministerial.

2º andar – Capela.

2º andar – Salão Azul.

2º andar – Salão Nobre.

2º andar – Salão Pompeano.

2º andar – Salão de Banquetes.

Detalhe da mesa do gabinete de Getúlio Vargas.

Hoje o Museu da República está além de um simples museu, é também um grande espaço de cultura e lazer para os cariocas e  turistas brasileiros e estrangeiros. Possui livraria, dois bistrôs, um cinema, um auditório, e sala de concertos. Nos seus jardins ocorrem diversos tipos de eventos e exposições ao ar livre e, nos fundos dos jardins, de frente para a Praia do Flamengo, existe uma grande área de lazer para crianças com diversos tipos de brinquedos.

Os jardins do Palácio são frequentados por pessoas de todas as idades, que buscam nas suas alamedas um local de renovação do espírito. Um evento interessante também ocorre nos fins de semana, que é um sarau de pessoas da terceira idade. O Museu fica ao lado da estação do Metrô do Catete, mas existem muitas linhas de ônibus que trafegam de vários bairros da cidade e que passam pela Rua do Catete e pela Praia do Flamengo. Enfim, só indo lá mesmo para conferir. 

Imagens: Google Imagens


Por: José Antônio Caldas
Guia de turismos na cidade do Rio de Janeiro
Contato: (21) 98869-6358
contato@loucosporoculos.com

Equipe LPO

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