Está localizada na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, Brasil. É uma lagoa de água salgada, e se comunica com o Oceano Atlântico através de um canal. A lagoa deu nome a um bairro de mesmo nome que está em toda a sua volta e faz fronteira com os bairros Humaitá, Jardim Botânico, Gávea, Leblon, Ipanema, e Copacabana. O bairro é habitado principalmente por moradores das classes A e B, e possui duas avenidas principais, que percorrem a lagoa em lados opostos, e começam e terminam juntas: Av. Epitácio Pessoa e Av. Borges de Medeiros. Ambas começam no início do Canal do Jardim de Alá, percorrem lados opostos a partir da lagoa, e terminal no mesmo lugar, na fronteira com o bairro do Humaitá, na entrada do Túnel Rebouças. Por ser um bairro muito estreito, possui poucas ruas transversais e estas são muito pequenas em comprimento, e algumas possuem apenas um único quarteirão. O perímetro atual da lagoa é de aproximadamente 7,5 quilômetros.
Originalmente
era ocupada por índios Tamoios, mas a sua ocupação pelos colonizadores começou
na década seguinte à fundação da cidade, no sec. 16. O Governador e Capitão-Mor
da Capitania do Rio de Janeiro Antônio Salema, resolveu instalar um engenho de
açúcar nas margens da lagoa. Para expulsar os índios do lugar, o português usou
de uma tática mórbida: mandou espalhar por toda a área roupas de pessoas
infectadas por varíola. Assim, com o passar do tempo, conseguiu dizimar a
população indígena da lagoa. Começou então o plantio da cana-de-açúcar e a
construção do Engenho Del Rey. Este engenho ficava onde hoje funciona o Centro
de Visitantes do Jardim Botânico.
Após décadas
e décadas trocando de dono, no início do sec. 18 as terras da lagoa pertenciam
à Petronília Fagundes, que se casou com um jovem oficial português chamado
Rodrigo de Freitas de Carvalho. A partir daí, a lagoa passou a ter o nome do
marido da proprietária, visto que naquele tempo se casava com comunhão
universal de bens. Após ficar viúvo, Rodrigo de Freitas retornou à Portugal,
onde faleceu em 1748. As terras ficaram em mãos de arrendatários. Com a chegada
da Família Real em 1808, o Engenho foi desapropriado para a construção de uma
fábrica de pólvora, e também no local foi criado o Real Horto – atual Jardim
Botânico.
A Lagoa
possui duas ilhas: uma natural, onde está a sede esportiva do Clube Naval –
Piraquê, e outra artificial, a ilha dos Caiçaras onde, na década de 1930, foi
construído o ainda existente Clube dos Caiçaras. Esta última foi criada a
partir da dragagem do canal do Jardim de Alá, que une a lagoa ao mar.
Ao longo dos
tempos, foram sendo aterradas várias partes das margens da lagoa, o que
diminuiu muito o seu espelho d'água. Estes aterros destinavam-se à construção
de edificações, criação e alargamentos de ruas. Na década de 1980 foram criados
espaços de lazer e gastronomia, que hoje estão entre os lugares mais freqüentados
da Zona Sul da cidade.
Podemos citar
algumas edificações conhecidas que estão em torno da Lagoa: os clubes Flamengo,
Jóquei Clube Brasileiro, as sedes náuticas do Vasco da Gama e do Botafogo, Paissandú
(fundado por ingleses), Monte Líbano (famoso pelos bailes de Carnaval), as
igrejas S. Margarida Maria, Pequena Cruzada, e S. José (formato redondo, muito
interessante, dos anos 1960 e projetada por Edgard Fonseca, o mesmo da Catedral
Metropolitana da Av. Chile), a obra social Obra do Berço (creche para crianças
de famílias de baixa renda).
Um lugar
bastante conhecido é o Estádio de Remo, construído na década de 1950, onde se
realizaram as provas de remos dos Jogos Panamericanos de 2007, e possui em
anexo um espaço gastronômico, o Espaço Lagoon, que é muito badalado no Rio. Ao lado do estádio existe um heliporto, o qual
é muito usado por particulares e passeios turísticos de helicóptero pela
cidade.
Para finalizar
a lista dos lugares podemos citar o Parque da Catacumba, que é uma grande área
de lazer com um belo projeto paisagístico, localizado na encosta de um morro.
Possui bastante árvores, caminhos pavimentados, além de uma trilha para o alto
do morro, de onde se tem uma bela vista da lagoa. Este parque é muito procurado
pelos turistas. Em frente ao parque, nas margens da lagoa, existe um espaço
gastronômico com quiosques e um grande estacionamento para veículos.
A quase
totalidade dos imóveis do bairro são residenciais, mas existem alguns bares e
restaurantes bastante freqüentados.
A Lagoa hoje
é circundada por uma ciclovia e uma pista para caminhada e corrida, e tornou-se
um dos lugares mais procurados da cidade para essas atividades. Existem também
dois lugares de aluguel de pedalinhos.
Desde a
década de 1990, na época do Natal, é instalada no meio da lagoa uma imensa
árvore de Natal, que produz um show de luzes muito interessante com o espelho
d'água. Durante a permanência da árvore, à noite a região torna-se um dos
lugares mais procurados da cidade.
Quanto à
fauna, existem várias espécies de peixes, que hoje em dia não são tão
abundantes como no passado, mas podemos citar as tainhas e os paratis que vem
do mar para se reproduzirem na lagoa. Ainda hoje existe uma diminuta
cooperativa de pescadores, com os poucos que restaram nos dias de hoje. Pode-se
ver pássaros entre os quais as lindas garças e os marrecos, que são muito
abundantes na área e costumam dormir empoleirados nas árvores que circundam a
lagoa. De vez em quando vê-se uma capivara pelos mangues que ainda restam.
A partir do
bairro Lagoa tem-se acesso ao Túnel Rebouças que, junto com o Aterro do
Flamengo, são os principais acessos ao Centro da cidade a partir da Zona Sul.
Outro lugar
conhecido da Lagoa é a Fonte da Saudade, onde antes havia uma praia com uma
fonte de água. As lavadeiras portuguesas se reuniam ali para lavar as roupas
dos fregueses e conversar saudosamente sobre a sua terra natal.
O bairro
Lagoa é o terceiro mais valorizado do Rio de Janeiro, e está atrás apenas dos
bairros Ipanema e Leblon.
Imagens: Google Imagens
Por: José Antônio Caldas
Guia de turismos na cidade do Rio de Janeiro
Contato: (21) 98869-6358
nossoguia@loucosporoculos.com
Equipe LPO
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